alguns nomes do "witz" judaico

sholem a

Sholem Aleichem


"Não importa que as coisas não andem bem, você precisa continuar vivendo mesmo que isso te mate"


dk

Danny Kaye

"A vida é como uma grande tela; jogue todas as tintas que puder nela"


GM

Groucho Marx

"Eu nunca seria sócio de um clube que me aceitasse como sócio"


MB
Mel Brooks


"A vida é uma peça que representamos sem nunca termos ensaiado"


SF

Sigmund Freud


"Que progresso estamos fazendo. Na Idade Média teriam me queimado. Hoje queimam apenas meus livros"


WA

Woody Allen


"Não é que eu tenha medo de morrer. Eu só não quero estar lá quando acontecer"


BU
Bussunda

 
"Quanto pior o governo, mais fácil a piada"




humor judaico


A característica mais marcante do humor judaico é a capacidade única dos judeus de rirem de si próprios. Eles riem de suas adversidades, de seus personagens típicos, de suas mazelas.

Ninguém escapa, nada escapa. Nem os profetas, nem os seus maiores sábios, nem os patriarcas da Bíblia. Não há censura. Mas há um senão. O "goi" (não judeu) que contar piada de judeu para um judeu não só não provocará graça nenhuma como será imediatamente taxado de antissemita. Cuidado, portanto....

Abraão quase centenário, é informado por Deus que Sara, nonagenária, iria ter um filho e o que fez ela? Pôs-se a rir até rolar no chão. Só pode ser uma piada teria dito Sara, rindo da situação. Piada de um Deus judeu. E que nome deram ao filho? Isaac, que quer dizer "Ele Riu"!

O humor judaico foi se solidificando através dos tempos, que nem sempre foram muito risonhos. Muito pelo contrário, os judeus atravessaram momentos de muita turbulência, com perseguições como as Inquisições e o Holocausto. Sem falar dos inúmeros pogroms. 

Então foi através do humor que os judeus encontraram uma válvula de escape para suportar toda essa carga, quase que uma compensação para o sofrimento. O shtetel, com as sua população pobre, foi um manancial fértil para o humor judaico. O shtetel de Chelm mereceu um capítulo à parte, com a pecha de vilarejo de bobalhões. Mas também há piada de rico, sendo que Rothschild é o alvo preferido. Claro que os momentos de alegria também figuram nesse imenso senso de humor.

E o que dizer da mãe judia, da "yidishe mame" tão presente, revelando a relação edipiana com o filho, muito presente no humor judaico.

Um judeu é eleito pela primeira vez presidente dos EUA. Ele liga para a mãe que mora no Brooklyn: "Mame, quero que você venha à minha posse em Washigton". "Filhinho, não tenho o que vestir e como é que vou chegar lá?" "Mamele, não se preocupe com nada. Vou colocar minha secretária à sua disposição para conseguir o vestido, levar você direto de casa para Washington. Não se preocupe com nada. Beijos".
No dia da posse a mãe está sentada ao lado do secretário de estado, que lhe diz:" Parabéns pelo seu filho". E ela então responde; "Não sabia que o senhor conhecia o Yankele, meu filho psicanalista de Nova York".


As piadas do período sombrio da dominação nazista e dos campos de concentração abundam, como única forma de se "vingar" daquela situação.

Um judeu está passeando numa rua de Berlim em plena Alemanha nazista. De repente um carro pára do seu lado. E quem desce é o próprio Hitler que aponta uma Luger para o judeu: "JUDE! Deite-se no chão e coma as feses do cão que lá está. O judeu, com medo de ser executado começa a comer o dejeto canino.
Hitler, feliz com a cena, começa a se esbaldar de RIR, até que solta a arma. Nisso o judeu aproveita para pegá-la e, apontando para Hitler, lhe ordena para que continue a comer o que ele havia começado. E sai em disparada dali. Quando chega em casa ele diz para a sua mulher: "Querida, você nunca vai adivinhar com quem eu jantei hoje...

Num campo de concentração, o comandante aponta para um dos judeus e lhe diz: JUDE, se você quiser viver terá que adivinhar qual dos meus olhos é falso. Do contrário morrerá. Mas creia-me, a técnica alemã é tão perfeita que você não notará nenhuma diferença. O judeu olha atentamente para o oficial e responde "É o esquerdo". "Como é que você adivinhou?" O judeu então responde: "É porque vi um fundo de bondade nele".

O "pilpul" talmúdico passado para o cotidiano dos judeus também aparece com uma certa frequencia.

Dois judeus encontram-se num trem na Polonia. "Reb Yid" (meu irmão) para onde você está indo?" pergunta o primeiro. "Prá Cracóvia" responde o outro. E o primeiro então diz: "Por que você está mentindo para mim? Eu sei que você quer que eu pense que você está indo para Lemberg, mas eu sei muito bem que você está indo para Cracóvia. Então por que mentir?"

Não esqueçamos dos arquetipos do "shnorrer" (pedinte profissional)  e do "shatchen" (casamenteiro comissionado quase que indispensável). Em 3.000 anos de história não falta tema!

O "shnorrer" vai fazer a sua coleta de sexta-feira na casa de um dos seus doadores, um rico comerciante. Chegada a hora do almoço o comerciante vai para o seu restaurante e lá depara com o "shnorrer" comendo o prato mais caro do restaurante, pato com repolho roxo e molho de frutas vermelhas.
"É assim que você gasta o meu dinheiro que era para o "Shabat?" Então o shnorrer responde: "Se eu não tiver dinheiro não posso comer pato. Tendo dinheiro também não posso comer pato, então quando é que eu vou comer pato?"  

A chegada do  Messias e a vida miserável no "shetel" às vezes estão interligadas. Os judeus tentam preparar o mundo para receber o Messias, mas parece que o seu esforço não é suficiente.

Num pequeno shetel russo, o conselho comunitário resolve contratar um judeu sem emprego nem profissão para sentar na entrada do vilarejo e ser o primeiro a anunciar a chegada do Messias. Para isso ele recebe um rublo por semana.
Seu irmão aparece para visitá-lo um dia e lhe pergunta porque aceitou um trabalho tão mal remunerado.
"É verdade", responde o pobretão, "O salário é baixo, mas o emprego é garantido ".


Situações absurdas levam os judeus a rir em vez de chorar, o que fazem muito frequentemente.

Um homem se dirige ao supervisor da "Chevra Kadisha" (Sociedade Funerária) e pede um empréstimo para o enterro da esposa, que acabou de falecer.
"Mas nós lhe demos dinheiro para o enterro da sua esposa faz uns tres anos" diz o supervisor.
"Sim mas eu casei de novo."
"A é, eu não sabia. Mazal Tov!" 


Todo judeu gostaria de ser rico como  o Barão de Rothschild. Na verdade existe uma ponta de inveja nisso aí.

Um "melamed" (professor de hebraico) de Chelm fez a seguinte declaração: " Se eu fosse Rothschild eu seria mais rico que o próprio Rothschild".
"Mas como?"
"Porque eu daria aulas de hebraico e ganharia uns  extras"


O psicanalista está muito presente nos chistes dos judeus. Afinal o que esperar de quem tem uma "yidishe mame"?

Moishe  entrou no psi  dizendo:  "Tive um sonho muito estranho esta noite. Eu vi  a minha mãe e notei que ela tinha a sua cara. Fiquei tão preocupado que não consegui mais adormecer. Fiqeui pensando no sonho até as 7 da manhã. Aí eu levantei coloquei uma fatia de pão na torradeira, fiz um cafá e vim direto para cá. O que significa esse sonho?"
O psi fiquei em silêncio durante algum tempo e depois disse: "Uma fatia de pão e café? Você chama isso de desjejum?"

Como tentar dar um jeitinho? Vejamos.

Isaac liga para o seu rabino Eliezer, na véspera de Yom Kipur: "Sei que daqui a pouco começa o "Kol Nidrei", mas acontece que não posso deixar de assistir pela TV à final do campeonato, pois o meu time está disputando uma vaga para a Libertadores . Como é que vou fazer"?
Rabi Eliezer respondeu: "Para que serve o VCR? Você  pode gravar e assistir depois."
"Que ótimo, então posso gravar o"Kol Nidrei"?

Mais uma do Moishe. É a última. Por enquanto.....

Moishe vai ao correio para enviar um pacote para a sua mulher. "Olha", diz o funcionário do correio, "Seu pacote está muito pesado. Você vai precisar comprar mais selos".
E Moishe pergunta: "Mas por que? Ele vai ficar mais leve?"