o castigo
O nosso planeta está correndo um enorme perigo. O movimento “Greenpeace” já vem nos alertando, há bastante tempo, para essa doença silenciosa e galopante, provocada por todos nós, grandes e pequenos. Essa doença tem um nome: Descuido com a Natureza-Mãe.
Estamos “brincando” de ser Deus. Ele criou as coisas e nós as estamos destruindo.
Você já parou para pensar, por exemplo, no desmatamento desordenado das florestas, na transformação da Floresta Amazônica num gigantesco deserto? Dá até arrepios, não é?
Pois preste atenção na parábola que um famoso Maguid contou para seus seguidores, há muito tempo atrás.
Um lenhador, um belo dia, entrou numa parte da floresta ainda não explorada. Escolheu uma bela árvore cheia de galhos e lindas folhas e levantou seu machado para começar a cortar. Assim que o machado tocou no tronco da árvore, sentiu que algo caia do alto sobre o seu colete.
Quando tirou o colete viu, horrorizado, que era sangue. Saiu em disparada, aterrorizado, deixando cair seu machado, não parando até chegar de volta ao seu Shtetel.
Foi direto para o rabino lhe contar o que tinha acontecido. O rabino pareceu bastante preocupado com o que ouviu e perguntou ao lenhador: “Você não deixou nada seu naquele lugar, não é?” Quando o lenhador disse que havia esquecido o machado, o rabino empalideceu.
Ficou pensativo, se concentrou e disse para o lenhador: ”Você corre grande risco, mas não há outra escolha. Volte imediatamente àquele lugar e pegue seu machado. Não deixe que os demônios da floresta se apoderem dele, caso contrário ele se voltará diretamente contra você.
É assim que eles dominam uma pessoa. Como o machado é a sua ferramenta de trabalho, você não poderá mais sustentar a sua família e pior, sua própria vida estará em jogo. Pegue seu colete manchado de sangue e queime-o bem longe da sua casa, até virar cinza. Se não o fizer Satã se apoderará da sua casa também. Agora vá!”
Um cheiro horrível se desprendeu do sangue do colete queimando e o lenhador sentiu muitas náuseas, mas esperou, assim mesmo, até ele virar cinza completamente. O fedor continuou ainda por muito tempo.
O lenhador continuou em direção ao local onde havia encontrado a árvore que sangrava, disposto, a qualquer preço, a recuperar seu machado, conforme conselho do rabino.
Quando avistou a árvore, viu que ela estava sangrando muito, como se estivesse ferida. E, debaixo dela, lá estava o machado coberto de sangue. O sangue não parava de gotejar em cima dele. O lenhador muito rápida e vigorosamente empunhou o machado. No mesmo instante sentiu uma força descomunal tomando posse dele. E, petrificado e horrorizado, sem nada poder fazer, viu o machado sair de suas mãos. No mesmo instante o machado o despedaçou.